Vai alguém vai encontrar,
pra que serve o que não se deu nome
Destino impreciso, não é tão ruim
É tudo um esboço mas tudo tão...vai. Vai!
Tomando o café da manhã,
a gente correndo, tentando encontrar
é tanta agonia e ninguém vai sorrir...Vai!
Mas a sorte é grande, e o tempo há de arranjar
um outro alguém em quem se adivinhar
Alguém pra confiar
Vai alguém!
Encontrar
Se perder pra sorrir em alguém
Flutuar, por aí
Há de se esconder o vento aí
é só ter a coragem pra dizer
que alguém tem que acreditar
alguém tem que acreditar
Escova os dentes de manhã
e sai sem tomar o café que eu fiz
de água
da chuva
água da chuva
Para esquecer a Magali, juntei, num dia de chuva, as coisas mais importantes que ela já me deu e coloquei tudo dentro de uma caixa. Nessa mesma caixa tenho guardado coisas de sempre da minha vida, incluindo um poema de um grande amigo que está muito enfermo.
Olha só quem voltou...
Demorou tanto que eu já nem lembrava
os traços do seu rosto
Olha só, veja bem,
não é tão fácil
alguém se acostumar
a ter tanto desgosto
E você vem assim,
de mala e cuia vem
a judiar de mim
A repetir mil vezes
como me quer bem
Mas meu caminho
não é mais o seu também
De mala e cuia volte!
Já não acredito mais no seu desdém
A partir do momento que eu escrevo eu estou conversando comigo mesmo e revendo todas as coisas que eu fiz, conheci, ou observei vindo de experiências minhas ou dos outros. Esse conjunto de ebulições cinzentas ou alegres e de cores fortes faz parte de do conjunto das minhas memórias que é o que me faz ter reações à matemática do cotidiano. Soma e subtração nunca foram tão sentimento e tão necessárias.
Vou saindo como quem não quer
vou dizendo outro mal me quer
outro lado sei que é onde eu vou
outro lado sei aonde estou
Não há lugar qualquer
Não há
lugar
qualquer
Vou saindo feito quem não quer
procurando encontrar até
achar aquilo que eu não conheci
e nem sabia o que tanto quer
Não há lugar qualquer
Não há
lugar
qualquer
Em um lugar qualquer dentro de mim eu sei o que me deixou triste naquele filme, é que nem os doces, nem as coisas tristes, nem os conjuntos de estrelas ou as coisas de leitura - talvez escrever até possa ajudar mais - mas até agora nenhuma dessas coisas me fez mudar tanto, quem sabe até agora medo medo de evoluir - aka amadurecer ou despertar para a vida - quanto aquela personagem da Bruna em condições de limite.
Fiz de tudo e certamente do silêncio eu me afastei
A palavra mais pesada e tudo que eu te falei
deixo então, até você decidir
Tive um acaso, certa noite
e no outro dia eu me afastei
do silêncio que ocorria do outro lado
eu completei pra que você não soubesse
E não há o que eu possa ver
E não há o que eu possa ter
Então, você vem
Tive tudo e do silêncio
certa feita eu me afastei
a palavra mais amarga
fiz de conta que pulei
Então, você veio com o tempo
E não há o que eu possa ver
E não há o que eu possa ter
Então, você vem
E não há o que eu possa ver
E não há o que eu possa ter
Elegi a sala 3D como despedida de uma amiga querida, se em duas semanas ela vai embora, em poucos dias saio de férias e viajarei todo o mês. Criamos ai um cenário de desencontro que eu não quis desmontar.
Ninguém quer ter só uma parte do que aconteceu
Ninguém quer ser só uma parte do que aconteceu
Ninguém quer ser só um pedaço do que aconteceu
Ninguém quer ter uma parte do que aconteceu
Ninguém quer ser só uma parte do que aconteceu
Ninguém quer ter só um pedaço do que aconteceu
Ninguém quer ser só um pedaço do que aconteceu
Ninguém quer ter uma parte do que aconteceu
No fundo, tudo o que se faz quando um romance acaba denuncia o amor. O simples ato de renuncia é a maior declaração que existe.
Até mais tarde,
quando chegarem os monstros
Até mais tarde,
quando chegarem as fadas
Mas não se esqueça de vir
venha o mais cedo que der
se não me desanima
e os outros vão embora
Até mais tarde,
quando chegarem os monstros
Até mais tarde,
quando chegarem as fadas
Mas não esqueça de vir
venha quando puder
traga-me um pouco de vida
do mundo lá de fora
Mas não se esqueça de vir
venha o mais cedo que der
se não me desanima
e os outros vão embora
E quem será a a voz e o aconchego?
Quem será a mão pra tirar o medo?
E quem será a a voz e o aconchego?
Quem será a mão pra tirar o medo?
Até mais tarde
Ah Julia, não lamentarei aqui o meu excesso de ansiedade. Tão pouco as coisas horríveis que eu disse. Aquilo que eu chamo de o pior de mim, é sim um lado meu. O Médico e o Monstro, ou A Bela e a Fera.
Pode procurar onde quiser
e você nunca vai achar, se vier
procurar em outro o que vai te completar,
e lhe chamar de mulher
Não há lugar
um cais melhor
lugar nenhum
pra ver o sol
Do que estar
sozinho e não
sentir o peso (medo)
da solidão
De certo ponto, em algum lugar que eu não identifico, é sensível que nossos planetas compartilhem suas Três Marias, Ursas Maiores ou qualquer outro conjunto de alegrias.
Parece tão estranho
ao ponto de até duvidar
Parece tão distante
a arte de se completar
Seu nome...
Parece tão moderno
ao ponto de até se perder
parece tão discreto
ao tempo de se descuidar
Parece tão humano
a ousadia de entender
Sorriso...
Parece tão estranho
ao ponto de até duvidar
Parece tão moderno
ao ponto de até se perder
parece tão discreto
ao tempo de se descuidar
Sorriso...
parece tão sincero
Sem explicar direito alguém lhe ensinou que pesadelos marcam mudanças de fase na vida da gente. Ele paga sorrindo esse preço. No fim essa sua insegurança, essa coisa de novidade, essa falta de controle sobre as coisas nem é tão nova assim, até porque o caos meio que conecta ambos.
Ela vive na estrela
Que não apareceu
Vive trancada em um mundo
criado, que é só seu
Pensa que a vida é um conto
Fantasia sua estrada em outros sonhos
Vive só de ida e não é querida em outros planos
Senhorita Aflita
Na TV pensa que é a estrela
Tem medo de crescer
E seguir a luz vermelha,
Tem medo de sofrer
O futuro é o salto de um prédio
Se diverte alto com os remédios
Sua brincadeira é fingir ser feliz
Senhorita Alegre
Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer.
Não vou dizer
nem tentar esconder:
tá escrito no meu rosto
Basta me ver
e dá pra perceber
que a vida anda sem gosto
Ninguém vai me convencer
que é só questão de tempo
E se, em vez de correr,
ele teima em passar lento?
Não vou dizer
e ninguém quer saber
se eu vivo ou se tô morto
Basta me ver
e dá pra perceber
que o caminho ficou torto
Ninguém vai me convencer
que é só questão de tempo
E se, em vez de correr,
ele teima em passar lento?
Ninguém vai me convencer
que é só uma questão de tempo
Eu não quero esquecer
nem deixar sumir no vento
Ninguém vai me convencer
que é só questão de tempo
E se, em vez de correr,
ele teima em passar lento?
Tão sem precedentes na minha história que congelei na hora, fui para o banheiro e chorei e gritei em silêncio. Silêncio. Fui todo aquele caminho, da casa dela ao encontro da minha irmã, imaginando o que poderia ter acontecido.
Vou chegando,
no caminho,
perto de chegar
Vou saindo,
sem destino,
louco a procurar
Mas vou parar,
me aceitar
Não vou correr,
nem vou mudar
No domingo pela manhã, depois de uma festa de aniversário bem bêbado à noite, conversei com Julia por um chat. Falamos como sempre sobre cinema em busca de coisas sutis que inspirem a passar os dias que faltam para encontrá-la num belo baile de carnaval.
01 Café da Manhã Werden
02 Passaporte Werden e Felippo Rocha
03 Lugar Qualquer Werden
04 Despedida Werden
05 Ninguém Werden
06 Monstros Márcio de Dona Litinha e Pedro Yuri
07 O Medo Werden e Plástico Jr
08 Estranho Werden e Plástico Jr
09 Senhorita Aflita Werden, Plático Jr e Felipe Diniz
10 Teima em Passar Lento Werden e Haymone Neto
11 Perto de Chegar Werden
12 Ninguém (instrumental)
Werden Tavares
Vocais, guitarras e ukulele
Leo Airplane
Bateria, guitarras, sintetizadores, baixo e piano
Rafael Ramos
Baixo e guitarras e cavaquinho
Arthur Matos canta em “Monstros” e Plástico Jr em “Senhorita Aflita”.
Elisa, Werden, Rafael e Leo fazem backing vocals em “Despedida”. Rafael Costelo toca guitarra em "Senhorita Aflita".
Gravado, mixado e masterizado por Leo Airplane. Produzido por Werden, Rafael Ramos e Leo Airplane.
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